Ter o controle sobre o quanto você gasta é uma ferramenta poderosa para sair do endividamento. Aprenda como fazer isso no artigo do QueroRenda.
Como não se envidar com as despesas domésticas
De acordo com a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), de agosto de 2022, 79% das famílias estão endividadas com empréstimos, cartões de crédito, cheque especial, entre outras obrigações. Sendo que 10,8% afirmaram não ter condições de pagar contas e/ou dívidas já atrasadas, permanecendo na inadimplência.
Esse é dado alarmante, levando em conta que houve um aumento 17,5% de famílias endividadas de 2020 para cá.
É claro que esse percentual tão alto se deve em sua maioria aos acontecimentos como inflação, juros altos, influência de fatores externos que têm afetado o país. Mas a boa notícia é que há como diminuir esse impacto e melhorar as finanças , sabendo fazer um bom controle das despesas domésticas.
Para entender e aprender como fazer isso, continue a ler o artigo.
Quais são as categorias de despesas domésticas?
Um bom modo de gerenciar as despesas é dividi-la em categorias. Isso é algo que facilita o controle.
Definir o que é essencial e o que são gastos dispensáveis já é um primeiro passo para tomar as rédeas das despesas domésticas. Isso ajuda a perceber até que ponto nosso dinheiro está sendo direcionado para itens sem importância.
Para que isso não aconteça, veja como é possível dividir os gastos, para entender melhor quais são os tipos de despesas que você tem:
Relacionadas a casa
São despesas como aluguel, condomínio, luz, água, telefone, internet, gás;
Mercado
São aqueles relacionadas a alimentação dentro de casa, produtos de higiene pessoal e produtos de limpeza por exemplo;
Transporte
Utilização de uber, gasolina, táxi e transporte público como ônibus e metrô;
Alimentação fora de casa
São as refeições feitas em restaurantes, cafezinhos, fast-food;
Lazer
Idas ao cinema, serviços de streaming como Netflix, Spotify, entre outros;
Educação
Aqui entra a mensalidade da escola dos filhos, faculdade, cursos, livros;
Cuidados pessoais
São despesas com academia, salão de beleza ou barbeiro;
Investimentos
Todo valor destinado a seguro de vida e previdência privada, poupança, fundo de emergência;
Impostos
IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), Simples Nacional, IR (Imposto de Renda);
Saúde
Convênio médico, remédios, tratamentos;
Outros
presentes e despesas com pets, saídas a noite por exemplo.
Feito isso, o próximo passo para que se possa ter uma ideia e um controle melhor das despesas, é agrupar essas categorias em três grandes grupos. Dê uma olhada:
- gastos essenciais: mercado, educação, casa, saúde, transporte e impostos;
- estilo de vida: lazer, cuidados pessoais e alimentação fora de casa;
- objetivos ou prioridades financeiras: dívidas e investimentos.
Agora você deve estar se perguntando, como saber o quanto é possível gastar em cada grupo. Para isso existe um método que vai facilitar sua vida.
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Qual o percentual ideal de gastos das despesas familiares?
Existem várias maneiras de determinar qual o percentual que cada categoria ou grupos de categorias deve usar de seus ganhos.
Um muito utilizado e fácil de ser seguido é um modelo de organização financeira bem prático, utilizado por muitas famílias: é a chamada regra 50-30-20. Essa regra determina um limite de gastos para cada grupo da seguinte forma:
50% da renda deve ser direcionada para os gastos essenciais e fixos, como moradia e mercado;
30% da renda deve ir para gastos variáveis ligados ao estilo de vida da família, como lazer, viagens e restaurantes;
20% da renda precisa ser usada para arcar com prioridades financeiras, que vão ajudar a alcançar sonhos e projetos. O que se encaixa em dívidas e investimentos.
Nem sempre essa proporção pode ser seguida à risca, pois isso vai depender da realidade de cada família. Quem por exemplo tem gasto com aluguel pode acabar tendo uma despesa maior no grupo de gastos essenciais. O importante é que essa proporção nunca fique muito distante dessa divisão.
Por onde começar a organizar as despesas?
Organização é o que vai te ajudar a controlar as despesas mensais, fazer com que fique longe no endividamento e até fazer com que consiga guardar algum dinheiro. Veja algumas dicas práticas:
Anote tudo que entra e o que sai
Não importa se vai fazer isso em uma planilha de excel ou em um caderno ou agenda. O importante é fazer um controle mensal de tudo que você ganha e tudo com o que gasta. Desde as despesas essenciais até as dispensáveis. Só assim você terá ideia do que pode diminuir ou cortar.
Corte de despesas
Calma, não precisa sair cortando tudo de uma vez. Como já fez sua lista do que entra e do que sai e também já sabe quais são os grupos de despesas, veja dentro de cada grupo, o que pode ser reduzido e o que pode ser cortado.
O normal é que cortemos tudo aquilo que não é essencial, quando se trata de puxar o freio, em uma caso de emergência. Só tome cuidado para não cortar por exemplo todo o lazer. Apesar de ser algo que consideramos supérfluo, ninguém vive sem um mínimo de distração.
É preciso para sua saúde mental. Então pondere nesse momento.
Crie metas
Feito o corte de despesas, comece a traçar metas. Você pode dividir em metas de curto, médio e longo prazo.
Curto, por exemplo , pode ser quitar dívidas e fazer uma reserva de emergência. Já de médio prazo, pensar em separar um valor para investir ou um curso rápido. De longo prazo, a compra de imóvel.
O que é importante lembrar é que o controle financeiro de suas despesas , deve virar um hábito. Estabeleça, por exemplo, uma vez na semana para atualizar sua lista ou planilha. Pois só quando você adquirir o hábito de acompanhar seus gastos, ficará mais fácil controlar e saber onde é preciso maior atenção.
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