Tem vontade de investir e fazer seu dinheiro render, mas não tem noção de por onde começar? Leia este artigo e veja dicas simples para começar.
Saiba em poucos passos como começar a investir
A expressão talvez soe como uma possibilidade distante para muitas pessoas. Mas a verdade é que existem muitas formas de investir. Das mais acessíveis às mais sofisticadas.
Conhecê-las, escolher a sua própria e dar os primeiros passos devem estar entre as prioridades de quem sonha em ter uma vida confortável para si e sua família.
Caso sinta-se inseguro sobre como começar a investir, este artigo explica o conceito básico do mercado financeiro e dos investimentos de um jeito direto e descomplicado.
É possível investir com pouco dinheiro?
É importante desmistificar algumas máximas tomadas como verdades absolutas. Por exemplo, muita gente pensa que investir é coisa para milionários e que é preciso muito dinheiro para poder começar. Mas, na verdade, não é.
Em muitos casos, o que acontece é o oposto: investindo aos poucos e regularmente, mesmo que uma quantia pequena, a riqueza vai crescendo com o passar do tempo.
Existem alternativas de investimentos para todos os bolsos, níveis de conhecimento e tempo de dedicação.
Na renda fixa, os títulos públicos federais negociados no Tesouro Direto estão disponíveis para quantias muito pequenas. É possível iniciar as compras no sistema a partir de R$ 30 – hoje menos que o valor de uma pizza.
Para quem já conseguiu guardar um pouco mais, é possível investir em CDBs – papéis muito comuns do setor bancário – com R$ 500 ou menos.
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Vale à pena começar com tão pouco?
A resposta é sim. Pense em um CDB, por exemplo. A remuneração desse tipo de papel segue a lógica dos juros compostos. Significa que os retornos recebidos ao longo do tempo são incorporados ao patrimônio do investidor, e passam a render juros também.
Quem investiu R\( 1.000 em um CDB com juros de 5% terá R\) 1.050 ao fim do primeiro ano – e os 5% referentes ao ano seguinte serão aplicados sobre esse novo valor, em vez de apenas sobre os R$ 1.000 iniciais. Os ganhos, portanto, são exponenciais, e não lineares.
E não apenas na renda fixa há opções mesmo para valores menores. Na renda variável, também existe essa possibilidade. Alguns fundos de investimentos exigem aplicações iniciais a partir de R$ 500.
Para quem já conhece um pouco sobre a bolsa, é possível aportar valores baixos em ações utilizando o mercado fracionário. Nesse ambiente de negociação, os papéis são vendidos individualmente, em quantias menores do que um lote padrão, normalmente de 100 ações.
A mensagem é clara: que tal começar a investir mesmo que seja um valor pequeno, com algum produto que permita aportes menores, em vez de ficar esperando ter quantia maior para só então dar o primeiro passo? Dar a largada cedo é importante porque os rendimentos se acumulam, gerando ganhos ainda maiores no futuro.
Endividado deve investir?
Quem está começando a organizar a vida financeira talvez tenha uma ou outra dívida ainda por quitar – mas gostaria de começar a investir mesmo assim. Faz sentido?
A resposta depende de um raciocínio sobre quanto é possível ganhar fazendo um investimento em relação a quanto se gasta com os juros de uma dívida não quitada.
A maioria das linhas de crédito mais acessíveis cobram taxas elevadas – como é o caso do cheque especial ou até do crédito pessoal voltado ao consumo. Regra geral, quanto antes for possível se livrar de uma dívida desse tipo, melhor, porque ela é muito cara.
Por outro lado, é preciso entender que nem toda dívida é prejudicial às finanças. Nesse caso, estamos nos referindo ao “endividamento saudável”, que é quando a dívida possui um custo financeiro mais baixo, está bem equalizada com prestações que se acomodam ao orçamento e se destina à construção de patrimônio – como o financiamento de um veículo ou da casa própria, por exemplo.
Em situações como essa você não só pode como deve investir, pois formar uma reserva de emergência lhe permitirá enfrentar imprevistos financeiros sem recorrer a dívidas mais caras. A reserva de emergência é, necessariamente, o primeiro passo para quem começa a investir.
Cinco conceitos básicos que todo investidor precisa conhecer
Você que está interessado em começar a investir, já deve ter notado que o mercado conta com uma linguagem própria. Existe alguns conceitos que é preciso conhecer para poder se movimentar com mais segurança nesse ambiente.
Liquidez
Representa o nível de facilidade (ou de dificuldade) de resgatar ou de transferir um investimento. Aplicações com baixa liquidez são negociadas por menos investidores ou em prazos mais espaçados. É possível que sejam menos atrativas por conta disso. Costuma ser o caso de debêntures ou outras opções mais sofisticadas de renda fixa.
Já os investimentos de alta liquidez possuem um volume elevado de operações. As ações da Vale ou da Petrobras, por exemplo, são consideradas de alta liquidez. Esse é um ponto a favor delas.
Risco
Nos investimentos, risco não é muito diferente do conceito de risco em geral. Representa a chance de alguma coisa sair diferente do esperado ou em desacordo com os interesses dos envolvidos. Na prática, é a possibilidade de que algo tenha impacto sobre os resultados das aplicações financeiras.
Retorno
É quanto o investidor ganha com uma aplicação financeira. Quando é expresso na forma de um percentual, é chamado de rentabilidade. Assim, uma rentabilidade de 10% ao ano é o mesmo que um retorno equivalente a 10% do valor inicialmente aplicado, obtido ao longo de um ano.
Diversificação
Uma estratégia de investimento muito conhecida no mercado é dividir os recursos entre diferentes produtos. Essa é uma prática voltada à redução de riscos – mas como? Tipos diferentes de investimentos costumam oscilar de forma distinta. Quando um está em queda, outros podem registrar ganhos, por exemplo. Isso ocorre porque acontecimentos que beneficiam um setor da economia, por exemplo, podem ser ruins para outro.
Tipos de investimentos
Existem diversos ativos disponíveis no mercado financeiro. Cada um com características específicas para atender os mais variados objetivos. A maioria deles é classificada como investimentos de renda fixa e renda variável.
Renda Fixa
São chamados de renda fixa os investimentos em que a forma de cálculo da remuneração é definida desde o momento da aplicação. Ao investir em um título desse tipo, o investidor na prática “empresta” dinheiro ao emissor – que pode ser o governo (se o investimento for um título público) ou empresas (caso se trate de uma debênture, por exemplo).
Sua expectativa é receber de volta, no futuro, o valor aplicado mais juros. Todas as condições são acertadas antes de o investimento acontecer.
Na renda fixa é possível encontrar as melhores opções de investimentos para iniciantes.
Renda Variável
Ao contrário da renda fixa, não há como prever o retorno da renda variável no momento do investimento, pois a remuneração dessa categoria varia conforme as condições do mercado.
Por exemplo, quem compra ações sabe que embolsará a valorização dos papéis, mas é impossível saber de quanto será essa variação. Na verdade, não é possível nem mesmo garantir se haverá lucro, já que os papéis podem desvalorizar no período.
Portanto, exceto pelos fundos DI (que normalmente são utilizados para a reserva de emergência), os investimentos de renda variável são mais arriscados e não costumam ser indicados para investidores iniciantes.
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