Banco Central e Conselho Monetário Nacional aprovaram as regras de implementação e funcionamento do Sistema Financeiro Aberto, conhecido como Open Banking....
O Open Banking está se tornando realidade no Brasil
“No mundo, o Open Banking já é uma prática popular e está presente na União Européia, Reino Unido, Coréia do Sul e Singapura, entre outros lugares.”
No dia 04/04/2020 o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional aprovaram as regras de implementação e funcionamento do Sistema Financeiro Aberto, conhecido mundialmente como Open Banking. Esse processo acontecerá de maneira gradual em 4 fases e está previsto para ser finalizado até outubro de 2021.
1ª fase: compartilhar informações sobre os canais de atendimento, os produtos e serviços disponíveis para a contratação relacionados com contas de depósito à vista ou poupança, contas de pagamento ou operações de crédito das instituições participantes; 2ª fase: compartilhar as informações cadastrais dos clientes e de representantes e os dados transacionais de com relação aos produtos e serviços indicados na primeira fase; 3ª fase: compartilhar os dados sobre os serviços de iniciação de transação de pagamento e de encaminhamento de proposta de operação de crédito; 4ª fase: os dados de produtos e serviços e de transações de clientes relacionados com operações de câmbio, serviços de credenciamento em arranjos de pagamento, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e contas-salário.
Mas o que é Open Banking e porque ele será implementado no Brasil?
O Banco Central vem há dois anos debatendo sobre esse assunto e de que forma esse modelo poderia ser implementado no País. Para o BC, a razão disso se tornar realidade é a premissa de que o cidadão é dono de suas próprias informações. Isto é, tem o direito de utilizá-las a seu favor, o que é bem diferente do que acontece na realidade.
O Open Banking é um sistema de compartilhamento de informações bancárias por meio de uma API. A sigla API vem do termo em inglês que significa Interface de Programação de Aplicações, que é a forma de integrar os softwares e servidores das instituições financeiras. Isto permite que elas possam compartilhar as informações onde o usuário tenha acesso à elas de maneira fácil.
Nesse sistema os bancos, fintechs e outras instituições financeiras regulamentadas pelo Banco Central têm acesso às informações bancárias dos usuários como forma de proporcionar os melhores serviços. Assim, cada instituição adequa-se a cada tipo de situação e pode oferecer atendimento personalizado ao cliente. Como consequência, aumenta a competitividade e a qualidade do serviço prestado.
O Open Banking também é uma maneira de diminuir a burocracia comum às tradicionais instituições financeiras. Isto facilita a vida dos usuários, tornando tudo mais rápido e simples de entender. É importante ressaltar que as informações são compartilhadas apenas com a autorização do cliente e que isso é feito de uma maneira muito segura.
Benefícios para você
Essa mudança é muito positiva para o usuário, porque significa que as pessoas não estarão mais reféns das instituições que são clientes. Assim poderão facilmente mudar para um banco que seja capaz de oferecer melhores condições para o seu perfil.
Por exemplo, se você tem uma pendência financeira, com o Open Banking outra instituição poderá oferecer um empréstimo com juros menor do que a dívida que possui. Dessa forma, pode quitá-la à vista e assim diminuir o valor final a ser pago. Também facilitará a portabilidade de contas, financiamentos e muitos outros serviços oferecidos que estarão disponíveis nessa nova modalidade.
“Essa iniciativa contribui para aumentar a competitividade, racionalizar os processos das instituições reguladas e, também, empoderar o consumidor financeiro, que poderá consentir com o compartilhamento de seus dados caso vislumbre, com isso, algum benefício, como o acesso a serviços financeiros mais adequados ao seu perfil” Otávio Damaso, diretor de Regulação do Banco Central
Benefícios para a economia
Beneficia também as novas instituições financeiras, que vêm surgindo nos últimos anos. O que permite uma competição mais justa no mercado, já que todos terão direito de acesso às mesmas informações.
Por outro lado, para as instituições tradicionais pode ser visto como uma ameaça. Com menor concentração das informações, que agora são disponibilizadas de maneira democrática e segura, irão perder o monopólio de dados.
Por já ser uma tendência mundial, é importante que o Brasil esteja correndo atrás de alcançar os países que estão a frente no desenvolvimento de tantas outras coisas. Isto representa um grande avanço e pode trazer muitas oportunidades no futuro.
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Para saber mais detalhes sobre o Open Banking acesse a Resolução Conjunta e a notícia no site do Banco Central.
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